Libera (2018)
Instalação Interativa
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Líbera se baseia na concepção de que os jogos de labirinto estimulam a capacidade de coordenação, concentração e solução de problemas. As intensidades de voz estimulam e movimentam a base do labirinto. A coordenação olho-movimeno-voz, e, para além disso, a dedução de aspectos visuais do som, resultam uma experiência dedutiva da partitura de intensidade formadora do labirinto. A ausência de instruções serve para que o interator descubra o funcionamento dos movimentos e crie, junto a seu parceiro e diante de um objetivo a ser alcançado, soluções e formas de comunicação não verbal para transmissão de informação: sempre que se fala, o labirinto irá responder com movimentos. E, ao pensar que originalmente, o labirinto era, não uma prisão, mas um ambiente experimentativo, no qual o importante era o percurso, Líbera se faz um jogo-experiência só realizável em coletivo no qual o ganhar ou terminar estão contidos na colaboração e não na disputa.
Líbera busca a desconstrução de travas com a voz enquanto ferramenta não comunicacional, não guiada apenas por estéticas hegemônicas. É preciso gritar, é preciso se fazer ouvir, é preciso saber falar baixo e também fazer silêncio. É preciso se divertir e pensar ao passo que se entende que a linguagem falada não é a única possível. Há um conhecimento tácito que não se transmite por palavras, e este trabalho sinaliza que toda experiência é necessária.